Editorial
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Abstract
O Papa Francisco tem insistido nos quatro verbos acolher, proteger, promover e integrar para convocar as pessoas e a sociedade civil para uma atitude afirmativamente solidária a ponto de levar seus governos a uma ação mais eficaz diante de milhares de pessoas que, no mundo inteiro, estão saindo de suas terras de origem em busca de melhores condições vida. Esses verbos exigem de cada pessoa uma mudança de atitude e uma mudança nas próprias prioridades. Nunca se podemos esquecer de que, por trás desses números alarmantes, temos vidas de crianças e adolescentes, de homens e mulheres que têm sua história pessoal dilacerada por rupturas violentas.
Segundo dados da ONU de 2016, 244 milhões de pessoas se encontravam em situação de migração e a maioria delas por razões forçadas. Esse dado alarmante coloca grandes desafios tanto para as Igrejas cristãs como também para as religiões em geral.
As Igrejas e religiões se veem diante de muitos questionamentos originados dos dramas vividos por pessoas que saem de suas terras de origem em busca de mais vida: o que fazer nos países de origem para que os deslocamentos se deem de forma menos traumática? Quais ações devem ser desenvolvidas pelas Igrejas cristãs e religiões nos países de acolhida para garantir-lhes o mínimo de dignidade? Como colocar-se ao lado dessas pessoas para que os diversos países envolvidos adotem políticas públicas para acolher humanitariamente os migrantes? Como agir sem ficar no assistencialismo e avançar para condições que permitam aos migrantes serem, de fato, incluídos na sociedade? ( ... ).